No primeiro dia do leilão 4G, iniciado nesta terça-feira, 12/6, pela Anatel, foram vendidos 28 dos 273 lotes previstos no edital. Eles representam, no entanto, a principal fatia das ofertas de frequência e já garantem uma arrecadação de R$ 2.724.218.450. 

Embora o valor ainda esteja abaixo da projeção de R$ 3,85 bilhões de resultado total – caso todos os lotes sejam vendidos – houve disputas nesse primeiro dia que resultaram em um ágio médio de 34,37%. 

O superintendente de serviços privados da agência, Bruno Ramos, que preside a comissão de licitação, acredita que haverá boas brigas no segundo dia. “Com a questão do direito de preferência, algumas áreas devem apresentar grande disputa”, aposta. 
Ele se refere ao fato que as frequências, atualmente em poder das operadoras de MMDS deverão ser negociadas entre as empresas – mas têm preferência de compra aquelas que vencerem, no leilão, áreas próximas das faixas.
Na prática, isso pode significar boas disputas em áreas próximas a grandes centros, como São Paulo e Porto Alegre, visto que quem ficar com essas terá a melhor chance de levar as respectivas fatias em poder daquelas operadoras de microondas.

Uma licitação sem surpresas

A terça-feira, 12/06, marcou a realização do leilão das faixas de frequências 4G no Brasil. E como já era previsto – uma vez que não houve interesse de agente externo – as quatro teles móveis atuantes no país – Claro e Vivo com as faixas de 20+20 Mhz e TIM e Oi, com as de 10+10Mhz – já garantiram frequência para ofertar a nova geração de telefonia celular. 
Mas nem tudo saiu como o governo planejou. A faixa voltada para a inclusão digital – 450 Mhz – ficou deserta e terminou imposta às vencedoras do 2,5GHz, faixa voltada para os grandes centros urbanos.
No embate das teles móveis, Claro e Vivo ficaram com as duas maiores licenças do 4G, sendo que a Claro pagou R$ 844,5 milhões, e a Vivo, em função da disputa com a Oi, desembolsou R$ 1,050 bilhão. As duas teles terão faixas de 20+20 Mhz e assumiram obrigações de cobertura na área rural no país.
A Claro responderá pelo Amazonas, Acre, Amapá, Bahia, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, e grande São Paulo, na faixa de 450 Mhz. Já a Vivo, terá a responsabilidade de atender aos estados de Alagoas, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e o estado de são Paulo.
TIM e Oi ficaram com as faixas V1 e V2 – com 10+10mhZ. A operadora italiana comprou o V1, por R$ 340 milhões. Com menos espectro, as obrigações também se reduzem. A TIM responderá pelas áreas rurais do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina. Já a Oi pagou R$ 330 milhões e assume a cobertura para a região Centro-Oeste e o Rio Grande do Sul.
As quatro teles móveis, segundo cronograma da Anatel, terão de ter cobertura 4G nas cidades-sedes da Copa das Confederações até 30/04/2013. Já as sedes e subsedes da Copa do Mundo terão o serviço até 31/12/2013. Todos os municípios com mais de 100 mil habitantes terão de ter 4G até 31/12/2016. 
Além disso, até 31/12/2015, as áreas rurais até 30 quilômetros da sede de todos os municípios brasileiros terão cobertura na faixa de 450 MHz, com serviços de voz e dados. A Anatel determian ainda o preço de 0,31 centavos para minuto pré-pago e de 30,60 reais para franquia mensal de 100 minutos no pós-pago. A franquia mensal de dados será de 32,59 reais por velocidade de 256 kbps.
Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=30749&sid=17
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