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Ainda que demonstre que renda e preço seguem fundamentais para a inclusão digital no Brasil, a pesquisa TIC Domicílios, divulgada nesta quinta-feira, 20/6, pelo Cetic.br, também indica que na fatia conectada do país se confirmam as tendências de ampliação da mobilidade, do uso cada vez mais intensivo da Internet e da ‘democracia’ das redes sociais. 

Estar “online” vai se tornando cada vez mais frequente entre os internautas. Gradativamente vão caindo os percentuais de quem responde ter usado pelo menos ‘uma vez por semana’ ou ‘por mês’ – de 35% para 23% e de 10% para 7%, respectivamente. O uso diário foi de 53% a 69%.

O número de pessoas que se conecta à Internet pelo telefone móvel disparou – entre quem possui celular, o percentual de acesso à rede no aparelho foi de 6% a 24%, sendo que o crescimento foi efetivamente verificado a partir de 2010/2011, quando houve o primeiro salto, para 18%. 

Mas a mobilidade também é verificada nos computadores. Enquanto vem caindo a proporção de desktops nos domicílios que possuem esse equipamento – de 95% para 70% entre 2008 e 2012 – a presença dos laptops foi de 10% a 50% dos lares com computador. E os tablets aparecem em 4% deles. 

Mas essa mobilidade, especialmente no caso dos celulares, é ainda para os mais ricos. “Em 2010, as operadoras começaram a lançar pacotes para dados, o que favoreceu o uso da Internet pelo celular. Continua sendo muito caro, mas até então era proibitivo”, diz Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.

Assim, 24% de quem usa celular também acessa a rede. Fica evidente, no entanto, que o uso da Internet nos telefones se dá maciçamente na classe A: por ali, 60% se conecta pelo telefone. O índice já despenca para 35% na classe B, 22% na C e 9% nas D e E. 

Diferenças de renda também são preponderantes no tipo de uso. Aplicações de governo eletrônico ou fazer compras pela Internet são ainda ferramentas que atraem poucos entre a classe média e os pobres, mas se mostram costumeiras entre os mais ricos. Comportamento semelhante se dá até nos e-mails. 

Mas existe um terreno de ‘democracia’ digital. “Diferentemente de outras atividades, como comércio eletrônico ou e-gov, o uso das redes sociais é igual, independentemente da classe social”, diz Barbosa. A variação é pequena não apenas pela renda, mas também desprezível entre quem tem curso superior ou apenas o fundamental. 

No mais, o Cetic.br chama a atenção para uma informação que precisa ser relativizada em levantamentos estatísticos: quão rápidas são os acessos. “Uma proporção muito significativa não sabe responder a velocidade da conexão.  precisamos, portanto, tomar cuidado com esse dado”, ressalta Barbosa. 

Tendo isso em consideração, a pesquisa diz que as conexões com menos de 256 kbps caíram de 41% para 9% do total. Daí até 1 Mbps, há grande estabilidade: Eram 20% dos acessos em 2008, 19% em 2012. Outros 20% são de velocidades entre 1 Mbps e 2 Mbps. Os acessos mais rápidos crescem bem e continuamente, já chegando a 32% aqueles com velocidade acima de 2 Mbps. 

A pesquisa TIC Domicílios pode ser conferida no endereço http://www.cetic.br/usuarios/tic/2012/apresentacao-tic-domicilios-2012.pdf. 

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